(Patrícia Luzio e Henrique Borralho)
E o
sangue
vem de
mim
na
lembrança daquela linda figura
branca
branca
atrás da
janela
Um
sorriso estampando
algo
indizível
que
queria tanto existir
que
pequenas letras
se
formavam
na
umidade da janela
O sangue:
a verve
paladina
o correr
nas veias
trazendo em
cada tecido do corpo
o ter
sido
o
existido
o sentido
O sangue
carrega
as lembranças
o refazer
da memória
o
oxigênio da metamorfose
Memória
que não descansa
que
sempre recorre
e acode
nos
sonhos impedidos
de
acontecerem
Mesmo
assim
lá está
ela
colada à
janela
O olhar
a memória
buscando
algo:
talvez um
outro?
Nenhum comentário:
Postar um comentário